domingo, 20 de julho de 2008

56. A PROVA

“Estou?”
- Bom dia, Bia. Já sabes alguma coisa? – disse a voz de Luís, para o auscultador do telemóvel.
“Não. Eu ontem liguei mas ela disse que estava tudo bem e que nos encontrávamos hoje na escola como de costume.”
- Ah, então vemo-nos lá. Ate já. – disse ele, desligando.
Estava nervoso, consideravelmente nervoso. Na tarde anterior, depois de ajudar Joana, acompanhou-a a casa, num percurso silencioso e sem contacto visual. Não tinham falado, muito menos encarado um com o outro. Não sabia como estavam as coisas: por um lado queria terrivelmente ajudar Joana, mas por outro, será que ainda estavam chateados?
Ainda no dia anterior, Luís tinha ligado a Bia a contar o que se passava: por um lado era bom que Joana tivesse tomado a iniciativa de mandar Salvador embora, mas por outro, agora ela já sabia que ele estava outra vez pronto a oferecer “ajuda.” Por sua vez, Bia tinha ficado extremamente espantada e feliz com a atitude da amiga. Por momentos chegou a pensar que desta vez iria ser diferente mas rapidamente afastou esse pensamento e voltou a erguer as armas: não podia iludir-se pelas aparências.
Depois de desligar, Luís arranjou-se e saiu de casa, com a esperança de que Joana soubesse como estavam as coisas. Estava decidido que não ia pensar nisso e depois logo se via, conforme as atitudes dela.

A muitos prédios de distância, mais precisamente no prédio de Joana, esta também se deparava com algumas dúvidas, que teimavam em passear na sua cabeça. A discussão deles tinha sido feia, mas será que a tarde anterior, em que ninguém disse nada, tinha sido suficiente para revólver as coisas? Ou será que Luís continuava chateado e só a tinha ajudado por pena? Bem, podia não saber a resposta mas a única forma de descobrir era indo até à escola e esperar pela reacção dele. Só esperava que ele não tivesse com as mesmas dúvidas que ela, caso contrário, iria ser o desastre total.
Acabou por se levantar da cama, ir à casa de banho e vestir-se. Tomou o pequeno-almoço em casa, como fazia ultimamente para evitar as conversas no café logo de manhã, pegou na mala e saiu.

- Bom dia. – saudou Bia.
- Olá. – cumprimentou Luís, dando dois beijos à amiga e um aperto de mão a Nuno.
- Há novidades? – perguntou Nuno, que também já estava a par da situação.
Agora, com a irmã em casa, era mais fácil dar notícias. Bastava ligar para Leonor ou Nuno que cada um se encarregava de avisar o outro.
- Não. Ela ontem não disse nada e eu estou à espera de hoje para ver como ela reage. – respondeu, deixando transparecer na voz o nervoso miudinho que o atormentava.
- Tem calma, vais ver que vai correr tudo bem. Relaxa. – aconselhou o amigo.
- Ai não relaxes, não. Não relaxes porque a Joana vem ali. – informou Bia que estava atenta à chegada dos autocarros.
Luís tremia de alto a baixo. E se ela não lhe falasse? E se ela o ignorasse? Tinha que estar atento, tinha que reparar nos sinais. Não podia decidir falar com ela assim de repente, porque Joana é que tinha dito para ele não se meter na vida dela.
Mas na cabeça de Joana pairava o mesmo pensamento: iria agir conforme as atitudes de Luís. Sabia que não podia ser ela a decidir falar-lhe ou não, afinal de contas, tinha sido ela a dizer-lhe para a deixar em paz. Ele ainda podia estar chateado.
- Olá, Jô. – disse Bia, cumprimentando a amiga com dois beijinhos.
Seguiu-se Nuno que fez o mesmo. A partir daí, a desgraça foi total. Se alguém assistisse a esta cena, poderia achar que tinha sido retirada de um filme cómico e mudo. Depois de cumprimentar Nuno, fez-se silêncio. Apenas Bia e Nuno olhavam um para o outro. Joana e Luís olhavam os dois para o chão. Quando decidiram levantar a cabeça, fizeram-no ao mesmo tempo. Ficaram estáticos por segundos até que, não observando sinais reveladores da situação, se decidiram a cumprimentarem-se. Desastre total. Em vez de cada um se inclinar para lado opostos para darem os respectivos beijinhos, viraram as caras para o mesmo lado. Quando se aperceberam, precipitaram-se ambos para o lado contrário, fazendo outra vez a mesma coisa.
Bia e Nuno faziam tudo para não se desmancharem a rir. Finalmente lá se conseguiram cumprimentar, voltando depois cada um a olhar para o chão.
- Pois, bom, vamos para as aulas? – sugeriu Bia, cortando o silêncio.
Mentalmente, Joana e Luís agradeceram a Bia por ter dito aquilo, despachando aquele momento constrangedor.
Mas o dia ainda agora tinha começado e aquela fora só a primeira prova.

To be continued…

6 comentários:

Anónimo disse...

Meu Deus, agora é que me ri!
Coitados xD
Tavam mesmo envergonhados!
é por isso que mais vale falar lgo!
eLES Estavm com o mesmo pensamento men's
xD

posta postaaa

Anónimo disse...

xD
Mais
Mais

Anónimo disse...

bem...eu fico uns dias fora i a fic muda completament... i esperar q eu xegue nao elizabeth??


Bem ja nem digo nada!

Exigências:
1.a joana beje o luis i ele (embora goste dela) lhe dê com os pés por axar q ela so está a fzr isso pa esquecer o bill

2.A joana aprenda a sua liçao! Nao pode andar aí a tratar mal todas as pessoas q gostam dela so pq lhe apetece!

3. A joana aprenda a lutar pelo que quer em vez de escorregar pela parede e deixar-se ficar a xorar...

4. O final seja algo totalment inesperado i totalment grandioso mas respeitando as exigências prévias...

ThE mEaNesT*

Anónimo disse...

concordo totalmente c aquelas exigencias lol...

bem veremos quais sao as outras provas...

Margarida disse...

Gostei imenso *.*
passa pela minha, se pudesses divulgavas-a (:^
estou a começar ainda

beijinhos, continua

Midnight* e Takashi disse...

http://asmelhoresfanfics.blogspot.com/ vai ?