terça-feira, 8 de julho de 2008

48. A LOJA

A curiosidade aumentava a casa segundo que passava. As bolhas, que rebentavam daquela água quente, ressoavam na cabeça de Joana; que seria a surpresa?
- You’ll see. (Vais ver.) – respondeu-lhe ele, fechando os olhos.
Ela não ousou perguntar nada. Na sua cabeça formavam-se planos e esquemas do que podia ser a surpresa de Bill.
Passaram-se as horas e, quando reparou, Joana deu com a sua pele engelhada de estar tanto tempo dentro água. Deu um leve gritinho agudo que acordou Bill que também saltou imediatamente de dentro do jacuzzi. Após uma breve telefonema de Bill para o serviço do hotel, uma empregada apareceu empurrando um carrinho que Joana reconheceu como sendo idêntico ao do pequeno-almoço do dia anterior.
- Let’s lunch! (Vamos almoçar!) – disse Bill, sentando-se numa das cadeiras e começando a escolher aquilo que ia comer.
Joana apressou-se a vestir o roupão e contemplou o manjar que estava à sua frente. Batatas fritas, costeletas grelhadas, arroz, saladas, aperitivos variados, fruta salteada, molhos, tudo o que se podia esperar. Joana atirou-se à comida; agora que reparava, estava faminta. Mas havia outra coisa que lhe aguçava a fome.
- Bill?
- Ja? (Sim?) – respondeu ele.
- Can’t you give me any clue about the surprise? (Não me podes dar nenhuma pista sobre a surpresa?) – pediu, amorosamente.
Ele riu-se. Ai, como ela gostava daquele sorriso.
- Nein! (Não!) – disse, com um ar maroto.
Joana fingiu um ar amuado; Bill riu-se novamente e atirou-lhe uma batata frita. Ela não se deixou ficar; arremessou-lhe outra. Escusado será dizer que, depois da luta de comida, a toalha que estava em cima do carrinho da comida ficou toda cheia de nódoas.
Estava Joana indecisa entre as sobremesas, mousse de chocolate e manga, fruta, arroz doce, gelatina, doce de bolacha e leite condensado, bolos, leite de creme, quando o seu telemóvel tocou. O sorriso que tinha nos lábios de ver Bill a comer a gelatina como se fosse uma criança de 5 anos, esvaneceu-se quando viu de quem era a chamada. Com letras grandes, o nome de Bia aparecia intermitentemente. Joana carregou imediatamente no botão que silenciou a chamada, fazendo o telemóvel calar-se.
- Who was it? (Quem era?) – perguntou Bill, ao ver a expressão no rosto de Joana.
- None… (Ninguém…) – respondeu ela.

As aulas da manhã tinham acabado e Bia estava a ficar preocupada. Já tinha ligado para casa de Joana mas, ao ver que a mãe dela lhe garantiu que a filha tinha saído para a escola, como sempre, teve que dizer que estava doente em casa e por isso é que não tinha visto Joana na escola. Mas a verdade é que, tanto ela quanto Luís, já estavam a pensar em todos os cenários possíveis e imagináveis. Depois da discussão do dia anterior, era compreensível que ela não fosse às aulas; mas no dia a seguir não era. Ainda por cima, ninguém sabia dela.
- E se ligasses à minha irmã? – sugeriu Nuno, que já estava a par da situação e que passava agora a maior parte do tempo com a namorada Bia e com Luís.
- Vou tentar.
Tirou o telemóvel da mala e procurou Leonor na lista de marcação rápida. Carregou em chamar e esperou que atendesse.
- Olá. Sou eu, a Bia. Olha, diz-me uma coisa, sabes da Joana.
“Olá Bia. Não, não sei. Mas porquê? O que é que se passa? Está tudo bem?”
- Não sei. Ela não veio à escola e a mãe diz que ela saiu de casa como todos os dias para vir. Já acabou o bloco da manhã e ninguém sabe nada dela.
“Eu ainda não a vi por aqui, mas também ainda só fui à sala comum. Espera um bocado que eu vou ver se o Bill sabe dela.”
Do outro lado da linha, Bia aguardou impacientemente o regresso da amiga. Enquanto ela não chegou, pôs Nuno e Luís a par da situação.
“Estou? Bia? Olha, o Bill não está no quarto e ainda ninguém o viu hoje.”
- Pois, nem preciso de ser adivinha para saber que eles estão juntos. Mas onde? Só espero que esteja tudo bem. Vá, até logo. Beijinhos.
E desligou. Relatou aos amigos o que tinha acontecido; só serviu para ficarem todos mais preocupados.

A tarde tinha chegado e, tanto Bill quanto Joana, já tinham comido há algum tempo. Subitamente, ao olhar para as horas do relógio que estava na sala, Bill pegou no telemóvel e fez uma chamada em alemão. Joana olhava espantada, não percebendo o que se passava. Quando pousou o aparelho, Bill apenas disse:
- Let’s go. (Vamos.)
Joana ia perguntar para onde iam mas, ao ver Bill desaparecer pelo corredor, apressou-se a segui-lo. Entraram no elevador e, em vez de subirem, como era habitual, desceram. Quando as portas se abriram, um frio gelado invadiu o ascensor, inundando o corpo de Joana com uma sensação esquisita.
- Bill?
- Follow me. (Segue-me.) – ordenou ele, sem lhe dar margem para argumentar.
Estavam na garagem, fria e sombria. Carros luxuosos estavam estacionados e um empregado estava sentado no seu posto, vigiando quem deles se aproximasse. Bill caminhava em direcção a uma carrinha preta com os vidros escurecidos, tanto, que nem dava para ver lá para dentro, mas que ela já tinha a sensação de ter visto em algum lado. Ele fez-lhe sinal para entrar e ela assim fez. Mal se sentou, pôde ver como eram confortáveis os bancos em pele e lembrou-se subitamente que carrinha era aquela. Era a carrinha que eles usavam para se deslocarem para os concertos! Ao lado do condutor, reconheceu Saki, o segurança da banda.
- Bill? Where are we going? (Bill? Onde é que vamos?) – perguntou.
- Downtown. (Para a Baixa.) – respondeu.
A resposta não foi muito esclarecedora. Para a Baixa? Mas que Baixa? Só quando começou a ver as ruas pequeninas da Baixa da cidade de Lisboa, é que percebeu a que Baixa ele se referia. A carrinha virara numa ruela, que Joana reconheceu como uma que dava acesso às ruas do Bairro Alto. Como não podiam andar mais de carro, Saki saiu primeiro para garantir que não havia perigo. Logo depois, Bill fez o mesmo e Joana seguiu-o. Bill tirou um papel amarrotado do bolso e estendeu-o a Joana. Uma morada figurava lá escrita. Ela percebeu que tinham de ir até lá. Situou-se na rua e começaram a andar. Alguns minutos depois tinham chegado.
- No! I can´t believe it! (Não! Eu não acredito!) – exclamou ela, perante o prédio da morada.
Bill sorria, animado com a situação. Empurrou Joana lá para dentro e contemplaram a loja onde estavam.
Estavam numa loja de piercings e tatuagens. Mas não era uma loja qualquer. Joana já tinha ouvido falar daquele sítio e realmente, ele fazia jus ao que se dizia. A Bad Bones era realmente um sítio extravagante. À primeira vista, saltava logo uma cadeira que parecia de tortura. Toda em pele colorida, tinha correntes que serviam para prender os pés e mãos de quem ali se sentasses. Claro que era só para a decoração. Nas paredes podiam-se ver várias fotografias de tatuagens e piercings nos sítios mais esquisitos. Numa pequena sala ao lado, estavam dois sofás verdes com uma mesa no meio onde estava repousado um grande livro para escolher tatuagens. Nas vitrinas dos armários, milhares de piercings de todos os tamanhos, cores e feitios estavam em exposição. Mal entraram naquela casa, um homem, que na opinião de Joana condizia perfeitamente com a loja, saudou-os.
- Em que posso ajudar?
Joana caiu novamente à Terra e encarou Bill de frente.
- What are we doing here? (O que é que estamos a fazer aqui?) – perguntou-lhe ela.
- Don’t you want a tatoo? (Não queres uma tatuagem?) – disse ele, retoricamente.
Joana não queria acreditar. Estavam ali para ela fazer uma tatuagem. Bill tinha-a levado a fazer uma tatuagem! Uma tatuagem! Ai se a mãe dela soubesse. Mas era agora ou nunca. Estava com Bill, o que é que importava o resto do mundo? Nada! Após alguns minutos de reflexão interior, lá concordou em fazer uma, mas só depois de Bill lhe garantir que ia estar ao lado dela caso lhe doesse.
- Já escolheu o desenho que quer tatuar? – perguntou o mesmo homem que os recebera.
Ai! Ela nem sequer tinha pensado nisso, porque nem sequer tinha pensado em fazer uma tatuagem! Olhou para Bill para lhe pedir ajuda mas, nesse preciso momento, uma ideia veio-lhe à cabeça.

To be continued…

7 comentários:

Anónimo disse...

E ist vai contribuir para q os pais dela e os amigos odeiem o Bill até ao proximo seculo! xD --'
bolas eu nem acredito q ela se deixa subjugar desta maneira! às x acho q ele faz aqilo mais por si do q por ela!
q frieza!
enfim, continuem *

Anónimo disse...

ahahaha... epah axo q a joana n é ela propria ao pe do bill... ela quer tanto agradar.lhe q as vezes esquece.s d quem é... ele overshadows her... (mt Gii)

mt xlent...escreve mais*

Anónimo disse...

n sei pq mas acho q o bill ta a mandar mt nela...pa quem era tao decidida, a joana ta a ficar 1 bocado pa tras ao fzr td o q a superstar diz... i o pior é q é smp ela q s lixa i o bill fica smp na boa =S

ta fixe... continua... tou bue curiosa pa saber o q vai acontecer a seguir xD(ironia)lool

kuss

Elisabete disse...

tou bue curiosa pa saber o q vai acontecer a seguir xD(ironia)lool




LOOOOOOOOOOOOOOl

Anónimo disse...

vai fazer a tatuagem que o Bill tem na barriga.. uma estrela, com mais duas dentro!

Anónimo disse...

Tenho quase a certeza que ela vai fazer a estrela do bill *___* Omg
A tua fic ta espetaculR
Continua assim (:

By: Ingrid_Kaulitz

Anónimo disse...

Não, ela vai faxer 2 tatoos... A estrela e o símbolo dos TH!
Bjz
Posta rápido...please