sexta-feira, 4 de julho de 2008

45. O PEQUENO-ALMOÇO

O comando estava pousado em cima do joelho dela. Depois de percorrer os muitos canais que aquela televisão tinha, decidira-se por um que dava uma série que ela conhecia. Ele, que devia ter ficado acordado até tarde, tinha ido lavar a cara. Quando voltou, e pela primeira vez que Joana tivesse visto, trazia o cabelo amarrado com um elástico. Não trazia maquilhagem e vinha com uns olhos de sono que Joana classificou imediatamente de amorosos.
- Are you hungry? (Tens fome?) – perguntou ele.
Agora que ela reparara, o seu estômago começara a dar horas. Não tinha comido em casa e tinha saltado a parte de ir ao café. E claro, depois de tantas emoções naquele dia…
- Well, now that you asked… (Bem, agora que perguntaste…)
Ele apressou-se a chegar ao telefone e pediu qualquer coisa em alemão que ela não percebeu. Apesar de estarem em Portugal, o hotel dispunha de um serviço de quartos que dominava algumas línguas.
Minutos depois estava um empregado a bater à porta. Para que não houvesse rumores e até conversas indiscretas, Joana escondeu-se na casa de banho enquanto Bill recebia a comida. Sentou-se na borda da banheira e começou a olhar à volta. Que irreal estar ali, que sonho… Os seus olhos foram pousar em cima das latas de laca e cera que estavam empoleiradas no armário ao lado do lavatório, juntamente com as caixinhas de pó preto que serviam para pintar os olhos de Bill cada vez que ele saísse para o público. Uma ideia passou pela cabeça de Joana. Levantou-se rapidamente e colocou-se diante do espelho. Algumas borrifadelas e passagens de pincéis depois, estava pronta.
- Bill? Can I show up? (Bill? Posso aparecer?) – perguntou ela.
- Ja. (Sim) – respondeu ele.
- I am beautiful, I am a star, I am… – começou ela, ainda dentro da casa de banho – Bill Kaulitz!
Joana abriu a porta e saiu de rompante. Estava com algumas madeixas de cabelo no ar que, imediatamente a seguir àquela entrada triunfal, murchou. Vinha com os olhos pintados da mesma forma que Bill costumava pintar. Escusado será dizer que ele se desmanchou a rir ao ver aquela figura. Pegou numa almofada e atirou-lha à cabeça. Joana só teve tempo de estender os braços para a agarrar.
- Bill! – disse ela num tom de brincadeira.
Ele continua a rir-se e a atirar-lhe almofadas. Quando estas se acabaram, foi a vez de Joana se vingar. Apanhou-as do chão e devolveu-as todas da mesma forma.
Quando se cansaram, sentaram-se na cama e começaram a comer. Havia de tudo: ovos mexidos com bacon, frutas num cesto, melão fatiado, pão cortado, leite e café em dois termos, sumo de frutas num jarro, manteiga e geleias em boiões, bolos caseiros quentinhos. Era um pequeno-almoço divinal.
- You shouldn’t have order everything. (Não devias pedir tudo.) – disse-lhe ela perante tanta coisa.
- I didn’t know what you like! (Eu não sabia do que é que gostavas.) – exclamou ele.
Os dois atiraram-se à comida como se fossem dois miúdos pequenos que não comiam há três dias. Quando acabaram, ficaram ali, cheios até ao pescoço, deitados na cama a descansar.

A luz piscava intermitentemente no quarto ainda às escuras. Leonor e Georg ainda dormiam mas foram acordados pelo vibrar sistemático do telemóvel que estava em cima da mesa. Ao ver que era o telemóvel da namorada que emitia aquele barulho que o acordara, ele empurrara-a da cama para ela ir atender.
- Porra! – disse ela quando bateu com o joelho no canto da cama.
Não tinha acendido a luz e tinha de andar às apalpadelas. Lá se guiou pela luz do telemóvel, tropeçando de vez em quando em algumas roupas suas e de Georg que estavam espalhadas pelo chão.
- Sim? – disse Leonor com um voz sonolenta.
Ficou a ouvir atentamente o que a voz do outro lado dizia. Afastou apenas o telemóvel da orelha por instantes para ver que horas eram. Era tão cedo, pensou.
- O quê? Mas tu tens a certeza? Ok, eu vou ver. – disse Leonor, desligando o telemóvel logo a seguir.
- What’s going on? (Que se passa?) – perguntou Georg ao ver a namorada acender a luz e vestir o roupão.
- Noone knows where Joana is. I’ll see if Bill knows. (Ninguém sabe onde é que a Joana está. Vou ver se o Bill sabe.) – respondeu-lhe Leonor.
Saiu e percorreu o caminho até ao quarto de Bill. Bateu, determinada, na porta do quarto.
- Bill? It’s me, Leonor. Are you awake? (Bill? Sou eu, a Leonor. Estás acordado?)
Bill e Joana levantaram-se imediatamente da cama e ficaram a olhar um para o outro em silêncio.
- And now? (E agora?) – perguntou Bill, em surdina, para que Leonor não ouvisse.

To be continued…

3 comentários:

Anónimo disse...

LOOL
a Joana tem umas ideias mirabulantes às x... tipo Bill ;)
agr agr... vamos ver se se ela se esconder não a encontram... n sei pk, mas tou a ver isso acontecer........
continuem, beijinho*

Anónimo disse...

Joana Bill xD


hahaha





MAIS
MAIS
MAIS
MAIS
MAIS
MAIS



Beijinhos < 33

Anónimo disse...

Ola! Gostava de poder contactar contigo pelo MSN...O meu mail é: beatrizz_senra@hotmail.com ; se kiseres podes adicionar-me...
Eu sou dos açores, por isso não fui ao concerto dos TH, no Pavilhão Atlantico...tens fotos ke me possas enviar?
Fiko a espera de uma resposta, em breve...Ahh, e nunka te eskessas: ADORO AS TUAS FIC'S; SÃO MUITO BEM ESCRITAS; TENS UMA MENTE MUITO FÉRTIL, O KE TE PERMITE TER IDEIAS MUITO ENGRAÇADAS E ADEQUADAS AS SITUAÇÕES QUE PRETENDES DESCREVER!

Fika bem...

@n0k@§