segunda-feira, 7 de julho de 2008

47. O JACUZZI

- I think so, but why? (Eu acho que sim, mas porquê?) – inquiriu ela.
Nesse momento uma bala colorida passou mesmo à frente da cara de Joana e fez com que ela se desconcentrasse. Tomou rapidamente atenção ao jogo. Avançou uns obstáculos e levantou-se para ver se avistava algum adversário.
Bum! Uma bala acertou-lhe mesmo na máscara que protegia a cara. Joana só teve tempo de reconhecer as longas rastas de Tom a fugirem. Decidida, caminhou rasteiramente para uma posição mais favorável. Tom estava agora na mira de Joana que reparou que ele se preparava para acertar em Bill. Ele ficava tão chateado se o irmão de sujasse o seu lindo cabelo preto! Ela nem pensou duas vezes.
- Take that! (Toma lá!) – gritou ela para Tom, depois de lhe acertar com uma bala no braço.
Tom riu-se e protegeu-se. Leonor, Georg e Gustav estavam mais avançados no terreno e Bill, Joana e Tom subiram também. O jogo continuou por aquela tarde fora; ninguém conseguira manter o seu equipamento livre de cor. Todos já tinham sido atingidos. Não obstante serem da mesma equipa, Leonor, na brincadeira com Georg, atirara-lhe uma bala. Ele, quando percebeu que o inimigo era afinal seu amigo, riu-se e chegou-se a ela para lhe dar um beijo. Quando a apanhou suficientemente perto, disparou contra ela. Seguidamente começaram a correr pelo campo fora e os outros tiveram que fazer um intervalo. Recomeçaram alguns minutos depois com novas equipas: Tom, Gustav, Georg, Leonor e Joana contra Bill. Tinham planeado no intervalo e quando se viu no meio do campo sozinho, Bill amuou e ameaçou os restantes de não jogar mais. Para evitar mais um ataque de vedetismo, lá retomaram as velhas equipas.
E assim se passou aquela tarde entre amigos, sempre na brincadeira. O jogo terminou empatado; quando quiseram desempatar, o funcionário responsável pelas balas, disse-lhes que eles tinham gasto todo o stock. Foram-se embora, com Tom a dizer que, se houvesse mais balas, tinha sido a equipa dele a ganhar. Pois.
Chegados ao hotel, de tão cansados que estavam, apenas trocaram poucas palavras para de despedirem e cada um enfiou-se num banho quente; no caso de Georg e Leonor, um banho a dois.
Ainda no corredor, Bill e Joana tinham ficado os dois sozinhos, os sobreviventes do combate.
- So, see you tomorrow? (Então, vejo-te amanhã?) – perguntou Bill.
- See you tomorrow. (Vejo-te amanhã.) – respondeu ela.
Preparava-se para se inclinar para lhe dar um beijo, quando Bill já tinha desaparecido para dentro do quarto sem sequer reparar na acção dela.

Joana caminhava em direcção a casa, pensando naquilo que tinha acontecido. Mas se Bill já a tinha beijado naturalmente antes, porque é que tivera aquela reacção tão fria? Afinal, o que era aquilo que eles tinham? O que eram eles?
Não soube bem porquê, mas Joana levantou o olhar triste do chão e contemplou a rua de sua casa. Foi quando o viu, a ele a caminhar na sua direcção. Luís também a tinha visto, mas há mais tempo, só que nunca esperou que ela reagisse daquela forma.
Joana, mal o reconheceu, começou a correr, fugindo dele. Luís, vendo aquela atitude, fez o mesmo. Para azar dele, ou não, ela alcançou primeiro a porta de casa. Ele abrandou ao ver que não tinha chegado a tempo. Nem se deu ao trabalho de bater à porta. Ser abandonado duas vezes naquele dia já era suficiente.
Joana ainda estava ofegante da fuga. Arrastou-se até à janela e ficou a vê-lo ir embora. Já longe, ele olhou para trás. Joana deteve-se. Seria aquilo... Será que aquilo era uma... Não, já estava longe de mais, ela não podia ter a certeza mas quase que arriscava que tinha visto uma lágrima.

A manhã seguinte chegou com uma frescura enternecedora, que contagiava toda a gente. Para ninguém em casa reparar, Joana arranjou tudo como se fosse para a escola, mas apanhou um autocarro diferente. Pela primeira vez, chegada ao hotel, usou o cartão que havia recebido no dia anterior. Voltou a percorrer aquele corredor mas desta feita, a porta do quarto de Bill estava entreaberta e ele já se encontrava acordado e com um roupão vestido.
- Good morning! (Bom dia!) – disse Bill, dando-lhe um leve beijo nos lábios.
Joana ficou ali, em frente à casa, perplexa. Hoje já havia direito a beijo?
- Good morning. (Bom dia.) – retribuiu ela, quando recuperou do coma momentâneo.
Bill tirou-lhe a mala da escola que ela ainda trazia e puxou-a por um braço, fechando a porta atrás de si.
- Come on. (Anda.) – disse ele, quando entraram para o elevador.
Carregou no botão que desta vez Joana reconheceu. Era o piso da piscina. Outra vez para a piscina? Que surpresa... Mas quando na esquina não viraram para o corredor que dava acesso à dita piscina, os seus sentidos ficaram mais despertos. Para onde estava ele a levá-la?
- Bill, where... (Bill, para onde...) – ia ela a perguntar quando ele falou.
- Close your eyes. (Fecha os olhos.) – imperou ele.
- What? – respondeu ela confusa.
Mas Bill não lhe respondeu. Limitou-se a colocar uma mão a frente dos olhos dela e puxou-lhe o braço com a outra. Joana andava cautelosamente, temendo tropeçar em alguma coisa. Ao transporem uma porta, Joana sentiu a humidade no ar a aumentar subitamente e o seu corpo a aquecer. Bill tinha finalmente parado e retirado a mão dos seus olhos. Abriu-os.
Estava diante de, nada mais, nada menos, um jacuzzi, que fazia ressaltar inúmeras bolhas efervescentes. Bill tinha começado a tirar o roupão para deixar a descoberto a sua estrela, meio coberta com os calções de banho. Devagar, enfiou-se dentro daquela banheira gigante e fechou os olhos.
Joana estava num pequeno dilema perante aquela situação. Baixinho, embora estivessem sozinhos naquela sala, falou.
- Ah... Bill?
- Ja? (Sim?) – disse ele.
- Ah... Well, I’m not wearing a bikini. (Ah... Bom, eu não tenho biquíni.) – respondeu-lhe ela.
- Don’t you have underwear? (Não tens roupa interior?) – inquiriu ele, sempre de olhos fechados.
- Of course I have! (Claro que tenho.) – respondeu, meio indignada.
- Problem solved! (Problema resolvido!)
Ao ver que a conversa tinha mesmo terminado ali, Joana não teve outro remédio que se despir e entrar para dentro do jacuzzi e roupa interior. Começou a despir-se pousando a roupa em cima duma cadeira. De costas para Bill, não reparou que ele abriu os olhos para a ver despir-se. Quando ela finalmente se voltou, ele já estava novamente com eles fechados. Da mesma forma cautelosa que ele entrou, também ela fez o mesmo. Uma vez lá sentada, pôde usufruir daqueles jactos de água quente que lhe reprimiam calorosamente os músculos.
- Bill?
- Ja... (Sim...) – respondeu ele abrindo os olhos.
- What are we? (O que é que nós somos?) – questionou Joana.
- We? What do you mean? (Nós? O que é que queres dizer?) – respondeu ele.
- This thing we have. What is it? (Esta coisa que temos. O que é?) – questionou novamente ela.
- It’s what you just said: a thing. We are together, isn’t it enough? (É o que acabaste de dizer: uma coisa. Estamos juntos, não chega?) – disse ele.
- Yeah, but are we friends or more than that? (Yeah, mas somos amigos ou mais que isso?) – inquiriu Joana.
- Lovers. We are a kind of lovers. (Amantes. Somos uma espécie de amantes.) – finalizou Bill, fechando os olhos novamente.
Aquele abrir e fechar de olhos funcionava como um género de início e fim de conversa, por isso Joana fechou os seus também e meditou sobre aquilo que Bill havia acabado de dizer.
Estava Joana perdida nos seus pensamentos, quando algo a fez abrir os olhos.
- Bill?
- Ja. (Sim.) – disse ele, abrindo os seus também.
- Was this the surprise for today? (Era esta a surpresa para hoje?) – perguntou ela.
- Why? Don’t you enjoy being here? (Porquê? Não gostas de estar aqui?) – retornou Bill.
- I didn’t mean that... (Eu não quis dizer isso...) – começou ela.
- I know. I get the point. But no, this wasn’t the surprise. There’s something else. (Eu sei. Eu percebi. Mas não, não era esta a surpresa. Há mais uma coisa?) – respondeu ele.
- What is it? (O que é?) – perguntou, curiosa, Joana.

To be continued...

4 comentários:

Anónimo disse...

o egoísmo dele está a fazer-se notar...
acho q ele era capaz de se esqecer dela só por estar demasiado a ocupar uma surpresa, mesmo q fosse para ela
enfim... acho q ela devia meditar se qer mm aqela situação; se n se estará a desvalorizar demais...
continuem, beijinho *

Anónimo disse...

Ohh eu quero que ela fique com o Luis ...

Eu acho que o Bill tem medo que sejam vistos em público

Anónimo disse...

eu axo q o billzinho n faz por mal... nota.s q ele gosta dela... s ele ás vezes é mais frio ou s esquece d alguma coisa n quer dzr q n goste dela... simplesment faz part da sua personalidade... I s ela gostar verdadeirament dele vai aceitá-lo como ele é...e vai saber q ele gosta dela independentement da forma como ás vezes age!!

Ela tem q ficar com o bill pq ele é taaaao... something...

Mas tmb tenhu pena do Luis...tadinhu...ele gosta msm dela i teve aquele acto tao corajoso!

Epah essa joana tem uma sort do caraças!

Elisabete disse...

Fofíssima, andas tão desaparecida que pensei qeu tinhas voltado para a Alemanha com eles no dia 29...