sábado, 12 de julho de 2008

51. AS FÉRIAS

Joana olhou timidamente à volta. Todas as suas colegas tinham parado de fingir que prestavam atenção no que quer que fosse para se concentrarem na sua barriga. Mas que raio é que ela escondia? Um piercing, pensava uma; estava, claramente, grávida, imaginava outra.
- Ah... Bia, podíamos falar noutro sítio? – pediu Joana baixinho, algo envergonhada.
Bia também olhou à volta e reparou nas faces coradas da amiga.
- Sim, claro. Desculpa. – respondeu.
Ambas arrumaram rapidamente as roupas e correram para um cubículo. Guincharam que estavam aflitas e lá conseguiram uma vaga. Entraram as duas, cúmplices.
- Joana, o que se passa? Nós não éramos assim, fogo. – confessou Bia, deixando cair aquela máscara de pessoa rígida e fria.
Joana sentou-se na sanita e baixou o olhar. Sentiu que, desta vez, era a sua amiga que tinha ao lado e não a pessoa que antes estava a gritar com ela.
- Não sei, foi tudo tão rápido, a chegada dele, o Luís a discutir, depois parecia que vocês estavam todos contra mim. Ninguém parou para me perguntar se eu queria estar com o Bill. Todos me tentavam afastar dele, mas algum de vocês pensou que talvez eu quisesse estar com ele? Depois para ir lá eu tive de começar a inventar desculpas e pronto. Depois já sabes... – revelou Joana, desabafando o que lhe ia na alma.
- Oh Jô! – disse Bia, baixando-se e abraçando a amiga.
Joana deixou escorrer algumas lágrimas, bem como Bia. Como é que elas se puderam afastar tanto? Elas, tão amigas e que se apoiaram uma à outra quando todos as gozavam devido ao gosto pelos Tokio Hotel?
- Olha, em relação ao Luís... – começou Joana.
- O que é que tem? – perguntou a outra.
- Eu não quero mesmo falar com ele. Apesar de estar aqui a falar contigo, quando discutimos, ele disse coisas que eu não gostei e que me magoaram – verbalizou rigidamente Joana.
Bia não teve outro remédio que não anuir e aceitar aquela decisão.
- Em relação à tua barriga... – ia Bia a dizer.
- Não quero falar disso. Pode ser? – pediu Joana.
- Está bem.
Com algumas raparigas a reclamarem quererem ir à casa de banho, elas lá tiverem de ceder o lugar e voltar para o balneário. Os olhos das colegas espetavam-se-lhes na pele como flechas, analisando cada passo que elas davam. Bia olhou à volta e viu, concentrados na barriga de Joana que se preparava agora para se despir, os olhares de todas.
- Mas aqui ninguém tem aulas a seguir? Vão ficar aqui todas à espera do fogo de artifício? Não há nada aqui para ver. – alvitrou ela, colocando uma toalha de banho à volta de Joana para que ela se pudesse vestir.

Mais dias chegaram; mais dias se passaram. Joana podia agora contar algumas coisas a Bia. Claro que a tatuagem continuava em segredo; não sabia bem porquê, era uma coisa dela e de Bill.
Bill, esse, continuava com a sua vida, passando algum tempo com Joana. Depois das aulas, era vê-la correr para apanhar o autocarro, ou esperar por Leonor para lhe dar boleia para o hotel.
Bia, aceitava muito melhor a relação da amiga com Bill, embora achasse que aquela relação era demasiado toldada às formas do vocalista. Mas Bia já fizera questão de informar Joana sobre a sua opinião.
Luís e Joana nunca mais se falaram, para tristeza do primeiro. Luís tinha percebido uma coisa: tinha-se apaixonado por ela e tinha-a perdido. Ela, quer ele quisesse, quer não, não lhe queria falar e passava todo o tempo com aquele tipo com cabelo electrocutado, como ele o apelidara. Todas as notícias sobre a sua amada, eram agora fornecidas por Bia. Luís era obrigado a ver ao longe as amigas a falarem; mal ele se aproximava, Joana ia-se embora. Ele até tinha tentado falar com ela, mas era escusado.
Assim se tinha passado o tempo. A banda continuava a desfrutar daquelas férias. Mas o problema das férias é que, por melhores que sejam, têm sempre de acabar. E as duas semanas que eles iam passar em Portugal, estavam assim. A acabar.

To be continued...

3 comentários:

Anónimo disse...

Ao menos resolveram as coisas
Está-me a parecer q o Bill n vai parecer tão afectado como a Joana com a partida deles.
enfim... ela parece uma parvinha a ir atrás dele e ele sem se importar. Pelo menos é assim q imagino q essas duas semanas passaram.
continuem

Anónimo disse...

eu axo q ele ate s importa... mas n é natural dele demonstrar isso... Ele sabia q ia partir i foi por isso q n s deixou envolver tanto... A joana tmb sabia q ele ia partir... mas... tinha esperanças que isso não acontecesse... a razao dela estava contra a emoçao!

kuss

Anónimo disse...

Finalmente a Bia e a Joana se resolveram !!






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Beijinhos < 33